Por que a Renda Fixa é a “bola da vez” de 2025?

Atualmente, as aplicações de renda fixa estão muito atrativas, especialmente diante do cenário atual de alta volatilidade e das incertezas econômicas globais.

Manter atenção ao ambiente externo e às condições internas do Brasil é crucial para ajustar as estratégias de investimento. Embora haja alguns sinais positivos, o país ainda enfrenta desafios fiscais que podem impactar o mercado de taxas previsíveis.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assegurou que não há “descompromisso” fiscal por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, o governo federal tem implementado diversas ações para aumentar a arrecadação e cortar gastos. No entanto, o cenário ainda é de que o governo não consiga cumprir a meta de zerar o déficit primário em 2024.

Ainda nesse contexto, considero particularmente importante monitorar a economia dos Estados Unidos, além do dólar que vem subindo consideravelmente nos últimos dias, tendo alcançado a marca de R$ 5,84 o que gera uma preocupação no mercado e no governo como um todo; ainda há a questão de uma possível recessão americana e que pode vir a exercer uma influência significativa sobre a economia brasileira, piorando um cenário que já não é um dos mais estáveis.

Historicamente, após períodos de recessão, os juros globais tendem a cair, uma vez que os governos e bancos centrais frequentemente reduzem as taxas de juros para estimular a recuperação econômica.

Com base nesse padrão histórico, eu acredito que investir em títulos de renda fixa com juros pré-fixados enquanto as taxas estão altas, pode garantir rendimentos mais atrativos no futuro, quando as taxas provavelmente serão mais baixas.

Por exemplo, investimentos que oferecem Certificados de Depósitos Interbancários (CDI) + um adicional ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) + 6% são vistos como oportunidades únicas no atual cenário de mercado. Esses investimentos podem proporcionar retornos significativos e oferecer uma proteção robusta contra a volatilidade e a incerteza econômica.

Para contextualizar esse cenário, dados divulgados recentemente mostraram que as carteiras de renda fixa com prazos mais longos tiveram as melhores performances de julho entre os títulos públicos deste ano; e que as taxas de juros de aplicações de renda fixa, como títulos públicos, já estão quase em 12% ano e ainda não atingiram o seu pico.

Além disso, é importante notar que investidores renomados, como Warren Buffet, estão se movendo em direção a títulos públicos e reduzindo suas posições em ações de renda variável – veja dicas do investidor nesta matéria. Essa estratégia de diversificação reflete uma abordagem prudente, alinhada com a expectativa de mudanças nas condições econômicas globais.

Vale ressaltar que, essa valorização da renda fixa ainda vai depender da continuidade do movimento de queda das taxas dos papéis, porém mesmo com esse cenário favorável a renda fixa, meu principal conselho para os investidores é que equilibrem seus portfólios para garantir segurança e flexibilidade em suas carteiras de investimento, ou seja, mantenha uma parte do capital em ativos de alta liquidez para emergências.